sexta-feira, 6 de maio de 2011

Ouvi dizer que o FMI era o salvador da pátria e d@s quinhenteuristas

Ouvi dizer que o acordo com a troika ia ser óptimo para a geração à rasca. Tinha escrito já quais eram as medidas, das que já se sabem, que vão mais directamente ao bolso e à vida dxs quinhenteuristas: o preço dos transportes públicos (comboios) aumenta, idem preço do gás e electricidade; a saúde fica mais cara; o subsídio de desemprego desce e cobre menos tempo; o IRS terá com menos descontos; os despedimentos ficam mais fáceis; o despedimento de cerca de 12 mil professores e a redução de salários, com o pagamento de horas extraordinárias (para aqueles, poucos, aos quais elas são pagas), a não ultrapassar os 50% (enquanto actualmente pode ser pago até 100%). Mas, pensei, devo ter falhado alguma coisa. O artigo que citei parece-me esclarecido. Até concordo que as medidas propostas pelo FMI/BCE/Governo PS podem ""(...) dar protecção social no desemprego aos trabalhadores a recibo verde. O FMI corta a duração máxima do subsídio de desemprego, mas reduz de 15 para 12 meses o período de descontos necessários para ter direito a esta prestação - uma medida para incluir mais pessoas em início de vida activa". No entanto... Para começar, como me foi chamado à atenção, a protecção social no desemprego aos recibos verdes é apenas para os "falsos" recibos verdes. Mas sobretudo há um ponto, logo nas frases seguintes, que me fez arrepiar os pelinhos da nuca. "A troika reduz ainda a protecção alta de quem tem contrato permanente: as razões para o despedimento individual vão ser flexibilizadas e as indemnizações reduzidas. A ideia é diminuir o receio de contratar sem termo - e suavizar o apartheid laboral entre precários e ultraprotegidos. "A partir daqui, tudo são interrogações. O que quer dizer despedir mais facilmente? Significa melhores condições de trabalho para os precários ou a precarização geral? Além disso, como ultrapassar a questão fundamental - "O ajustamento português implicará, por isso, mais uma década de estagnação" (como é afirmado, mais à frente, no mesmo artigo)? E sobretudo, com a economia estagnada, os impostos a subir (menos descontos no IRS, IVA mais alto), como podemos esperar melhor qualidade de vida? Já me responderam: "sentados..." Ou então, recusando-nos a aceitar engolir como se fosse mel o remédio amargo que a troika nos quer enfiar pela garganta abaixo.

Um comentário:

  1. Olá boa tarde. Nós somos um grupo do 12º Ano do Externato de Vila Meã – Amarante, e no âmbito da disciplina de Área de Projecto estamos a realizar um projecto sobre a relação dos idosos com a internet, computadores e a educação sénior. No âmbito desse projecto criamos este blog (http://idososdopresente.blogspot.com/) , que estamos a divulgar. Gostarias imenso de receber a sua visita e participação (criticas, sugestões…). Obrigada.

    ResponderExcluir