quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Queijo magro ou os que não andam de autocarro

D’O blog “o Insurgente”, 4 de Outubro de 2010: "Sócrates tem a faca e o queijo na mão. e nós somos o queijo". A minha indignação subiu a pique no dia em que Teixeira dos Santos disse que seria "difícil" cumprir o acordo que implicava aumentar o salário mínimo de 475 para 500 euros em 2011. Isto significa que eu, como milhões de portugueses, a par de pagar mais IVA e descontar menos no IRS, não vou ser aumentada. Saí do trabalho e fui para a esplanada do miradouro da graça, com um amigo, onde apanhei uma violenta carraspana para me esquecer dos meus males. A carteira ficou mais leve, mas a cabeça também. Antes de começar a beber, só me apetecia esmurrar o meu par de ódios de estimação: Sócrates e Teixeira dos Santos. Estes dois exploradores não fazem a mínima ideia do que é viver com menos de 500 euros todos os meses. Não sabem o que é ter de contar trocos no supermercado, nem esperar na fila da segurança social ou das finanças. Não se lembram do que são transportes públicos nem trânsito, nem passes. Não compreendem o impacto do aumento do pão em termos de diminuição do pão comido por semana. Hoje sabemos que o salário mínimo vai ser aumentado - no final do ano. "O queijo somos nós" - e cada vez mais magro.

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