quinta-feira, 17 de março de 2011

o que deixou sábado para nós

As expectativas de novas manifestações aumentam depois do último grande protesto, no sábado dia 12 de Março, da "Geração à Rasca", ter levado 300 mil pessoas a sair à rua, por todo o país. E porque podemos considerar que o protesto de sábado é o início de uma luta que queremos travar contra um governo que nos asfixia (porque se a luta não era contra o governo, em Lisboa e noutras cidades portuguesas, cartazes e faixas demonstraram o contrário), têm sido marcados, em vários pontos do país, encontros "à rasca", com o grande objectivo de criar um movimento a nível nacional, mais politizado e mais forte, que dê continuidade à luta: nas ruas.
Na terça-feira passada, em Coimbra, mais de 100 pessoas reuniram-se para a realização de um plenário, divulgado, também, para além da distribuição de "flyers" nas ruas da cidade, com a ajuda de alguns meios de comunicação regionais e do "facebook". Porque esta luta não é apenas de uma geração, este plenário juntou estudantes do ensino superior e do ensino secundário, trabalhadores e desempregados, de todas as idades. Este foi um espaço privilegiado para que todas/os as/os presentes pudessem partilhar a sua opinião em relação ao protesto de sábado passado, a forma como acham que a mobilização e a luta devem ser feitas a partir de agora e as suas próprias reivindicações, já que um dos principais objectivos deste movimento que surge em Coimbra, assim como noutras cidades, é a realização de um caderno de reivindicações, que vão ao encontro das dificuldades com que nos debatemos no nosso dia-a-dia, e soluções para as mesmas.
Neste plenário discutiu-se também o possível e necessário apelo - a movimentos à rasca de outras cidades - para que haja encontros, distritais e/ou nacionais, por todo país, para pensar novos dias de sair à rua e lutar.
Todos os plenários que se realizem, sendo que o próximo já está marcado para terça-feira - dia 22 de Março - se farão acompanhar por uma acta, onde se salvaguardará tudo o que é proposto por quem nos mesmos participar, que se tornará pública e, assim, usada como um instrumento de consciencialização dos problemas que nos atormentam.
Para que sejamos cada vez mais a lutar por melhores condições de vida no nosso país, deixo aqui um apelo à mobilização!


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