sexta-feira, 11 de março de 2011

Tudo o que quer saber sobre as manifestações de 12 de março e não tem vergonha de perguntar

[por aventar]

1. A manifestação é pela demissão de toda a classe política?

Não. Existe um manifesto, onde em parte alguma se fala de tal coisa. Leia-o.

2. Mas então quantas manifestações estão convocadas?

Várias, nas principais cidades portuguesas e mesmo junto a algumas das nossas embaixadas. Houve uma confusão com o grupo “1 milhão na Avenida da Liberdade pela demissão de toda a classe política”, o qual já emitiu um comunicado, esclarecendo não estar “de forma alguma ligado à organização do protesto “geração à rasca. Enquanto movimento livre e espontâneo de cidadãos, este grupo desde a 1ª hora se solidarizou com o protesto, divulgando e incentivando os seus membros participarem da manifestação do dia 12 de Março”

3. E o mail que por aí circula com uma série de reivindicações?

Circula por iniciativa de quem o escreveu. Não foi subscrito pelos organizadores das manifestações.

4. Os partidos políticos foram convidados e vão participar?

Os promotores dirigiram uma Carta aberta a todos os Cidadãos, Associações, Movimentos Cívicos, Partidos, Organizações Não-Governamentais, Sindicatos, Grupos Artísticos, Recreativos e outras Colectividades, e irá quem quiser participar. No meio da confusão gerada, era o mínimo que poderiam fazer até para se demarcarem da ligação com a tal demissão de toda a classe política.

5. É verdade que a extrema-direita está envolvida na manifestação?

No facebook aparecerem convocatórias para várias manifestações, e concentrações, algumas claramente conotadas com a extrema-direita. Têm um apoio irrelevante.

6. A manifestação é para que idades?

Dos 7 ao 77, digo eu. Embora convocada por jovens, o apelo à participação abarca todos, os que de uma forma apartidária, laica e pacífica se queiram manifestar.

Digo eu, que sou doutra geração e vou, acrescentando que ando nisto há muito tempo e sei que a minha geração nunca seria capaz de organizar um protesto desta envergadura, e desta forma autónoma e independente. A minha geração era capaz de fazer 427 reuniões e discutir o 25 de Abril, o 25 de Novembro, o sexo dos anjos, e mais umas tolices. Ainda lá estávamos.

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