Era sexta-feira, dia seguinte ao dia das amigas. Como éramos apenas mulheres, estavamos quase todas com a memória fresca do dia anterior. Este convívio era também para isso, festejar os nós que este projecto tem vindo a desenvolver entre todas.
Mas começamos por falar de uma questão pouco estranha nas nossas vidas ou nas das/os outras/os que nos envolvem, a violência doméstica. Slide a slide, expôs-se a sequência das histórias de violência, dos comportamentos, das relações e dos resultados. E nos olhos e nos comentários espelhava-se identificação de quem ouviu, viu ou sentiu esta realidade na sua casa, na casa da vizinha ou na casa da tia. Como se de uma novidade antiga se tratasse. E foi importante por isso mesmo, porque permitiu descobrir véus, desconstruir mitos e, quem sabe, denunciar no futuro um caso que se conhece. Porque é crime, crime público.
O resto foi convívio. Foi comer coisas boas, doces e salgadas, que cada uma fez com as suas próprias mãos. Foi conversar as coisas da vida, das nossas vidas, iguais e diferentes a tantas outras. Foi observar a gargalhada de uma ou a seriedade da outra. Foi contar as peripécias quase “picantes” de viver um raro, mas inocente, dia de amigas. Foi dar mais um ponto na rede do Projecto com as Mulheres da pesca.
(Este foi um artigo escrito por mim, que saiu no Açoreano Oriental do dia 27 de Fevereiro. É sobre um encontro da Rede de Mulheres na Pesca, resultado de um longo percurso de "empowerment" com mulheres deste sector económico tão importante, mas tão invisível, nas ilhas dos Açores. Quem as viu e quem as vê fica de queixo caído com a o seu à vontade em público, com o seu discurso, a sua auto-estima ou a sua vontade de saber mais sobre o mundo. E eu por cá vou aprendendo muito.)
Foto de: Laurinda Sousa
Mas começamos por falar de uma questão pouco estranha nas nossas vidas ou nas das/os outras/os que nos envolvem, a violência doméstica. Slide a slide, expôs-se a sequência das histórias de violência, dos comportamentos, das relações e dos resultados. E nos olhos e nos comentários espelhava-se identificação de quem ouviu, viu ou sentiu esta realidade na sua casa, na casa da vizinha ou na casa da tia. Como se de uma novidade antiga se tratasse. E foi importante por isso mesmo, porque permitiu descobrir véus, desconstruir mitos e, quem sabe, denunciar no futuro um caso que se conhece. Porque é crime, crime público.
O resto foi convívio. Foi comer coisas boas, doces e salgadas, que cada uma fez com as suas próprias mãos. Foi conversar as coisas da vida, das nossas vidas, iguais e diferentes a tantas outras. Foi observar a gargalhada de uma ou a seriedade da outra. Foi contar as peripécias quase “picantes” de viver um raro, mas inocente, dia de amigas. Foi dar mais um ponto na rede do Projecto com as Mulheres da pesca.
(Este foi um artigo escrito por mim, que saiu no Açoreano Oriental do dia 27 de Fevereiro. É sobre um encontro da Rede de Mulheres na Pesca, resultado de um longo percurso de "empowerment" com mulheres deste sector económico tão importante, mas tão invisível, nas ilhas dos Açores. Quem as viu e quem as vê fica de queixo caído com a o seu à vontade em público, com o seu discurso, a sua auto-estima ou a sua vontade de saber mais sobre o mundo. E eu por cá vou aprendendo muito.)
Foto de: Laurinda Sousa
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